sábado, 4 de dezembro de 2010

Tecnologia

Até que ponto a tecnologia pode ser propícia à arbitragem de futebol?
Entendo, como Árbitro, que ela sempre será bem vinda se sua posse e uso estiver somente ao alcance da equipe de arbitragem! Afinal de contas, conforme prevê a regra V, o Árbitro é soberano em suas decisões na partida, logo não há de se conceber que outrem, senão os Árbitros, mesmo que de posse de uma "alta tecnologia" venha a emitir uma decisão ou quiçá interferir/reformular a decisão do Árbitro durante a partida!
E o motivo para isto é muito simples e se reveste de uma única questão: - porquê da existência do Árbitro?
Nota-se hoje que inúmeros "arbitrólogos" andam vil acerando que a solução de grande parte dos problemas de arbitragem estão nas tendências tecnológicas existentes... tais como chip´s, câmeras, sensores, etc...
Mas, façamos a pergunta para estes mesmos "arbitrólogos" sobre a quem caberia o uso de tais ferramentas. A primeira resposta, as quais carregam na ponta da língua é: - Sei lá! Não sei!!!!
Aí você o interpela: - Mas como? Tu quer o uso da tecnologia, mas não sabe quem vai manuseá-la?
Na sequência, vem novas respostas esfarrapadas... e totalmente sem propósitos! Dizem que caberia aos técnicos ou aos jogadores solicitar aos Árbitros que se verifique o lance com o auxílio das ferramentas tecnológicas... alegam que no tênis... no futebol americano... já utilizam estas tecnologias com "enorme" sucesso...
Desconhecem, primeiramente as regras do futebol. Desconhecem, as particularidades que o futebol tem, em especial ao se comparar com outros esportes. Esquecem que no Brasil, mais especificamente, qualquer bola que encontramos na rua, a primeira vontade que se tem é de chutá-la... É de nossa cultura!
Mas mesmo assim, insistem em dizer que possuem a fórmula mágica!
Não sou contra a tecnologia, mas acreditar que ela seja a solução da forma como desejam os "arbitrólogos" é que não dá nem para ponderar!
Acredito que a resposta está na questão anteriormente levantada. O Árbitro existe porquê aos poucos os homens-jogadores perderam a fidalguia, o cavalheirismo... o jogo passou a ser competitivo demais!
Mas isto é assunto para outra postagem...
Abraços à todos!

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